segunda-feira, 4 de março de 2013

Clash of Cultures

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Experimentei neste final de semana o lançamento Clash of Cultures, design de Christian Marcussen. A partida demorou 4h10min, mas acredito que poderia ter levado no máximo três horas se tivesse havido menos, digamos, “preciosismo” de alguns jogadores à mesa!

Eu acredito que em geral haja lugar em uma coleção para jogos com o mesmo tema, desde que suficientemente diferentes em sua mecânica. Não entendia, por exemplo, as comparações insistentes entre Civilization: The Board Game e Through the Ages. São jogos com mecânicas tão distintas que não há por que jogar um e deixar de jogar o outro apenas por serem do mesmo tema.

Porém Clash of Cultures não só tem o mesmo tema como é bastante semelhante ao Civilization: The Board Game. Tornam-se, na prática, concorrentes. Ambos têm terrenos a serem descobertos com o avanço das unidades, settlers para a fundação de novas cidades, ações de construção e coleta de recursos por cidade, tecnologias que fundamentam o que pode ser construído, que modifica a distância percorrida por unidades, que abre as portas para novas ações, etc.

Sendo concorrentes, qual você deve escolher?

Clash of Cultures deve ser escolhido por quem prefere um jogo mais leve. A curva de aprendizado não é tão alta, e um jogador atento pode ter boa performance (não necessariamente vencer) mesmo na primeira partida.

Civilization: The Board Game é bem mais complexo e apresenta uma fascinante coesão entre os quatro diferentes modos de obter vitória (contra a simples contagem de pontos do outro jogo), devendo ser a escolha de quem prefere jogos mais pesados.

Já que estou comparando, não posso deixar de fazer um comentário do ponto de vista do design (que pode não ter importância do ponto de vista da diversão). Civilization: The Board Game é muito mais inovador e interessante no desenvolvimento de suas mecânicas: os quatro tipos de vitórias, a árvore de tecnologias, o conflito entre o cultural e o militar, a forma criada para a simulação militar, o genial modo de combate e o reduzidíssimo grau de sorte para um jogo desse tipo são elementos marcantes. Em comparação, o concorrente tem apenas soluções um tanto comuns.

3 comentários:

  1. Aqui no grupo temos ambos jogos, e já jogamos varias vezes os dois com pessoas diferentes à mesa. Concordo contigo na relação tema, e mecânicas semelhantes, embora não sejam jogos iguais e possam conviver bem na ludoteca.
    Penso que, baseado também nas experiências com os jogadores, que o Clash vai "ver" muito mais a mesa, por ser mais agradável aos olhos, mais intuitivo, e ter mais opções de rejogabilidade, não que o CIV não as tenha e não seja um jogo estético, mas na nossa experiência o fator diversão, diferentes formas de agir, interação e entendimento do jogo foram muito, mas muito superiores no Clash. Isso sem contar o sistema de combate que no CIV, realmente deixa a desejar.
    Parabéns pelo blog, um abraço

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  2. Ótimo post. Estava procurando por uma comparação assim a muito tempo. Gostei muito das comparações feitas por ser o que realmente ajuda na hora de tirar dúvida sobre qual comprar.

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  3. Ei Paulo, onde posso comprar o Clash of Culture?

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